Incidências deste tipo de crime têm sido constantes no Rudge Ramos
Câmeras de vigilância são opções para famílias que desejam reforçar a segurança em casa - Foto: Divulgação
Luchelle Furtado
Segundo pesquisa realizada em julho de 2018 pela Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP), dentre 12 tipos de ocorrências de roubo registrados, a invasão domiciliar é a 6ª mais recorrente no estado. A queixa mais frequente são assaltos a transeuntes.
Os assaltos em domicílios preocupam os moradores na região do Rudge Ramos, em São Bernardo. É o caso do aposentado Flávio Lazzarato Caretta, 60, que vive no bairro há 57 anos. O morador, que reside ao lado de um batalhão policial, vivenciou essa situação no mês passado, durante o período vespertino em um dia útil. "A casa estava vazia e quando eu cheguei, encontrei tudo revirado e senti falta de vários objetos. Fui até a polícia e fiz um boletim de ocorrência, até porque tenho seguro de aparelhos e isso é necessário”, conta.
Caretta relata que por se tratar de um bairro pequeno, nunca teve a preocupação de instalar câmeras ou sistemas de segurança em casa. Entretanto, devido ao ocorrido, ele e a esposa, que já cogitavam a possibilidade de se mudar, estão tomando algumas providências. “Estamos procurando outros lugares em busca de um pouco mais de segurança. Mas nesse meio tempo já instalei travas em portas e janelas, além de câmeras e alarmes”.
O seguro ainda não o reembolsou pelos objetos levados, mas o aposentado acredita que a pior parte foi a perda dos pertences com valor sentimental para a família. “Não houve trauma porque estávamos fora no momento da invasão. Mas não são apenas nossas coisas que os assaltantes levam. Dentro de casa existem sonhos, sentimentos, alegrias, tristezas e amor. Quando invadem, as referências se vão”. Ele completa que o ocorrido ainda preocupa a esposa.“Acredito que isso seja passageiro, mas a princípio tudo traz desconfiança e insegurança, até mesmo quando o vizinho abre o portão”.
Outra vítima dessa realidade no entorno do Rudge é a representante comercial Luana Volpe, 30, que teve a casa invadida em maio deste ano no período da manhã, quando ela e seu marido estavam fora. Ela conta que recebeu a notícia por meio de um vizinho que a alertou sobre o caso. “Quem viu foram os pedreiros de uma casa na mesma rua. Eles estavam acostumados com a gente e quando observaram um carro parado carregando as nossas coisas, logo deram o alarme”.
A representante comercial explica que a ação durou pouco menos de 20 minutos. "Os assaltantes levaram tudo aquilo que conseguiram carregar. Pior é que não tenho seguro e tive um prejuízo em torno de 15 mil reais", lamenta. Luana diz que não instalou nenhum sistema de segurança, mas contratou um seguro domiciliar para seus pertences. Entretanto, a sensação de impotência e insegurança continuam. “Eu não quero ficar aqui por muito tempo porque falta policiamento. Cada mês uma casa é invadida e o bairro é alvo para assaltantes”.
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