Após queda de 0,5% em dezembro de 2017, setor teve um crescimento de 0,9% em janeiro deste ano
Comércio na Av. Doutor Rudge Ramos - Foto: Luchelle Furtado
Luchelle Furtado
Após queda de 0,5% em dezembro de 2017, o comércio varejista nacional cresceu 0,9% em janeiro deste ano, com ajuste sazonal, aquele feito em determinados períodos, segundo dados do IBGE.
Em comparação com janeiro de 2017, sem o ajuste sazonal, o aumento do comércio varejista foi de 3,2%. Desta forma, as vendas passaram a apresentar um crescimento 2,5% em um período de 12 meses. Foi o melhor desempenho em quatro anos, desde 2014, quando foi registrado um aumento de 2,6%.
A alta no comércio beneficiou setores como supermercados e setores que trabalham com produtos alimentícios. Entretanto, para quem não faz parte desses segmentos, a propaganda e as promoções têm sido uma boa opção para alavancar as vendas, como afirma o economista Sandro Maskio, do Observatório Econômico, da Universidade Metodista de São Paulo. “A realização de um marketing agressivo ou uma política de desconto é sempre mais atraente”.
Para Maskio, o comércio teve um aumento significativo após um período de recessão. “A atividade comercial teve uma trajetória de crescimento, de recuperação e expansão, até mesmo em função do aumento de desemprego”.
O economista afirma que estamos em uma situação de reaquecimento econômico, mas que é preciso levar em conta as eleições deste ano. “A tendência é assumir uma trajetória de retomada, ainda que lenta. As eleições são um dos fatores desaceleradores do crescimento, em função das incertezas em torno do futuro governo e da orientação da política econômica”.
A comerciante Mônica Pigorete, 36, é dona de uma papelaria no bairro do Rudge Ramos. Para ela, uma medida encontrada para alavancar as vendas é aproveitar as datas comemorativas do ano, como por exemplo, o Dia das Mães, dos Pais e dos Namorados. Mônica conta que investe em propagandas, porém não vê retorno. “A gente faz promoção, divulga, mas mesmo assim está difícil”.
Já a funcionária de uma loja de eletrônicos, Mayara Nogueira, diz que não houve a criação de novos projetos específicos no estabelecimento, e sim uma melhora no serviço do que já era oferecido.
Comments