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Foto do escritorLuchelle Furtado

Lixo reciclado em Santo André não supera 12%

Atualizado: 17 de abr. de 2018

Principal motivo do pouco reaproveitamento é a mistura de quase metade dos materiais

Funcionários da Cooperativa Cidade Limpa realizando a separação do lixo - Foto: Tamara Sanches


Luchelle Furtado

Tamara Sanches


Santo André passa por problemas com a falta de reaproveitamento adequado do lixo obtido na cidade. Atualmente, 12% do lixo é reutilizado de forma correta pelas cooperativas Coopcicla e Cidade Limpa, responsáveis pela reciclagem no município, segundo informações divulgadas pelo Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André).


Existem na cidade 84 pontos de entrega voluntária e 18 estações de coleta (ecopontos). A divulgação é feita pelo Semasa por meio de sites, releases para imprensa, redes sociais, visitas monitoradas e oficinas que são alternativas para a educação ambiental e a conscientização popular.


Flávia Fiasche, 45, moradora do bairro Novo Oratório, realiza a separação do lixo seco há mais de dez anos. Ela conta que ficou sabendo dos pontos de coleta seletiva através dos panfletos que recebia da prefeitura em sua casa e começou a reciclar devido à preocupação com a grande quantidade de material que descartava como lixo comum, mas que poderia ser aproveitado através de reciclagem. “É possível perceber vários dos meus vizinhos tirando de casa sacolas com material reciclável aos sábados pela manhã, quando costumam passar as pessoas responsáveis pela coleta”.


Em contrapartida, Márcio Henrique Oliveira de Lucena, diretor da cooperativa Cidade Limpa, revela que poucos moradores têm conhecimento e colaboram com os projetos, já que a divulgação não é frequente. “Se a divulgação não é correta, o material continuará vindo misturado e com má qualidade. Isso prejudica muito o nosso trabalho”.


Para Thaís Sanches Pereira, 26, moradora do bairro Vila Luzita, o incentivo à reciclagem não partiu de órgãos públicos. Ela começou a reciclagem estimulada pelo condomínio onde reside, que impõem regras para que os moradores separem o lixo seco do orgânico, com a punição de multa para quem não cumprir.


José Batista de Lucena, 56, único fundador ainda presente na Cooperativa Cidade Limpa, relata que deseja a implantação de mais um turno de trabalho e melhorias. A falta de incentivo por parte da prefeitura e do Semasa é um problema levantado por Márcio e José. Segundo eles, há mais de um ano a cooperativa luta por um contrato com maior valor por tonelada de lixo triada, que atualmente é de 40 reais.


Juntas, as cooperativas contam com aproximadamente 80 funcionários. Em nota, a assessoria de imprensa do Semasa admite que a quantidade de cooperados não é suficiente para realizar a triagem das 35 toneladas de lixo produzidas diariamente na cidade e afirma que já está em andamento a implantação de mais um turno de trabalho e a parceria com mais uma cooperativa. Além disso, promete que fará até novembro a inauguração da 19° Estação de Coleta, localizada no bairro Jardim Santo André.

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